O Estudo “Confiança nas Profissões” de 2016, realizado pela GfK Verein, apresenta as principais conclusões sobre o nível de confiança em 32 profissões, dos sectores público e privado, com as quais os cidadãos direta ou indiretamente têm contato no seu dia
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A credibilidade das chamadas profissões incontroversas, como bombeiros (que liderar o ranking das profissões mais confiáveis com 90%), enfermeiros e professores (89%) e médicos (88%) permanece globalmente estável desde 2014, com estas profissões a ocupar o topo do ranking de confiança
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No extremo oposto, e de forma transversal, políticos, com um índice de confiança global de 30%, são os profissionais que despertam o nível de confiança mais baixo tendo, inclusivamente, diminuído face a 2014 (31%). Este grupo profissional alcança o maior nível de confiança na Indonésia (51%) e India (48%) Pelo contrário, os Espanhóis, Franceses e Brasileiros são os cidadãos que declaram ter a menor confiança nestes profissionais (apenas 6% dos cidadãos destes países referem que confiam nos políticos)
Em 2016, a Índia (82%) e a Indonésia (79%) apresentam os índices mais elevados de confiança no conjunto dos grupos profissionais. O aumento da confiança destes dois países populosos, que se posicionam no topo do ranking, compensa a queda da confiança registrada nos outros países, mantendo assim a média global estável.
No oposto, Nigéria, Japão, Argentina e Brasil são os países que apresentam os índices de confiança nas profissões mais baixos (entre 56% e 55%).
De todos os países, a Turquia apresenta a maior queda na confiança, sendo que seu índice médio apresentou uma queda de 14 pontos percentuais (de 72% em 2014 para os actuais 59%). Em contrapartida, a Itália destaca-se positivamente com o maior aumento na confiança, mais sete pontos percentuais.
Com um índice de confiança de 90%, os bombeiros, mais uma vez, mantêm-se em primeiro lugar no ranking global, à semelhança do observado em 2014. No oposto e com um índice médio de confiança de 30%, os políticos mais uma vez ficam para trás, registando inclusivamente uma diminuição de um ponto percentual face a 2014, ocupando o último lugar em 22 dos 27 países em estudo.
Profissões como juízes (70%), bancários e vendedores (67%) e polícias (63%), embora estejam no meio da tabela, parecem causar alguma controvérsia em termos de confiança, pois os seus índices variam muito de país para país, oscilando entre 20% a 80%.
Os Bombeiros são o grupo profissional mais confiável e esta avaliação é transversal a todos os continentes, sendo que têm a honra de ser o grupo profissional mais confiável em 16 dos 27 países em estudo. Com exceção do Quênia (66%) e da Nigéria (55%), pelo menos 80% dos cidadãos de cada país confiam nesta profissão, sendo que em muitos países o índice chega a ser superior a 90% e recolhe o máximo de confiança de 100% no Irão.
Paramédicos, professores e agricultores ocupam o primeiro lugar em três países. Enfermeiros, que em média ficam em segundo, só ficam em primeiro lugar em um país, na Coreia do Sul. Os médicos ficam à frente do ranking em dois países. No Irão, no entanto, estes profissionais partilham o topo do ranking com os bombeiros.
No panorama das profissões menos confiáveis estão os políticos. Com um índice médio de confiança de 30%, os políticos ficam mais uma vez na cauda do ranking, ocupando o último lugar em 22 países, entre os 27 analisados. Os políticos são avaliados de forma mais positiva na Indonésia e na Índia, onde esta profissão é confiável para cerca de um em cada dois cidadãos. Por outro lado, com um índice de confiança de 6%, os políticos praticamente não têm qualquer apoio do público em Espanha, França e Brasil.
Nos 5 países que não colocam os políticos na cauda do ranking, as profissões menos confiáveis são muito diversificadas: Para os Nigerianos são os polícias a profissão menos confiável, Africa do Sul os taxistas, Rússia os publicitários, Suécia os vendedores e Indonésia os Padres.
» Pode fazer aqui o download do estudo
Fonte: GfK Verein Trust in Professions 2016
O Estudo “Confiança nas Profissões” de 2016, realizado pela GfK Verein, tem por base cerca de 30.000 entrevistas a cidadãos com idade superior a 18 anos, de 27 países de todos os continentes, representando 2,4 biliões de pessoas em todo o mundo. Em cada país, os dados são ponderados, pelas variáveis idade e género, para refletir a sua composição demográfica. A nível global, a média reflete a dimensão demográfica de cada país, isto é, os dados são ponderados pela população de cada país. A recolha da informação foi realizada através de entrevistas pessoais e directas e entrevistas telefónicas, no final de 2015.