A evolução das PMEs
Ao longo da última década, países ao redor do mundo apresentaram uma nova atitude econômica em relação às pequenas e médias empresas, reconhecendo sua contribuição para o crescimento econômico e a estabilidade.
Consequentemente, marcas menores estão ocupando uma fatia cada vez maior do mercado, mostrando crescimento consistente em todas as regiões.
Enquanto os países fizeram grandes movimentos, como o financiamento para start-ups, os consumidores também estão mostrando uma mudança de atitude em relação a essas marcas.
As definições oficiais de PMEs são geralmente centradas em torno do número de funcionários, receitas totais e contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) — mas como os próprios consumidores as definem?
De acordo com dados da NielsenIQ, as principais características apontadas pelos nossos entrevistados globais em relação às marcas menores são: elas são “”locais”” (33%), “”independentes”” (31%) e “”desconhecidas”” (27%). Grandes marcas, por outro lado, são vistas como “”muito populares””, “”reconhecíveis”” ou “”mundialmente reconhecidas”” por 46% dos participantes da pesquisa.
Essas distinções formam uma base muito atraente em relação à percepção de marca, representando uma grande oportunidade para as pequenas e médias empresas aprimorarem e criarem pontos fortes, oferecendo opções alternativas novas, diferentes ou locais para o interesse do consumidor.
Uma rápida análise sobre as PMEs na América Latina
As PMEs da América Latina podem ter a menor participação de mercado em relação a outras regiões. No entanto, seu ritmo de crescimento é mais rápido do que todas as outras regiões, crescendo 13,4% no ano passado.
Uma análise mais profunda sobre a região mostra que cada país está operando com seu próprio ritmo e nível de influência sobre crescimento do mercado. O Brasil lidera a região em termos velocidade, no entanto, mesmo que os demais países da América Latina estejam crescendo de forma mais lenta, eles também contribuem com a remodelação e crescimento do segmento FMCG.
Consumidores evoluem para marcas menores
A pandemia mudou a dinâmica de compra do consumidor em diferentes aspectos e a preferência por marcas menores (versus marcas conhecidas e populares) foi uma delas.
O estudo global da NielsenIQ, O Balanço entre as Marcas* de 2022, mostra que mais da metade dos entrevistados na América Latina (57%) começaram a comprar uma maior variedade de marcas em múltiplas categorias. México lidera a lista com 59% dos consumidores declarando que mixam marcas.
Também é importante notar que 55% dos entrevistados do México afirmaram que planejam comprar mais frequentemente marcas menores no futuro, indicando que sentem que essas marcas são mais adequadas às suas necessidades. Isso é relativamente superior à média regional de 49%.
Os consumidores no Brasil parecem ficar ligeiramente para trás em comparação com as médias regionais em se tratando do seu entusiasmo em experimentar marcas locais (42%). Enquanto isso, sua preferência para comparar marcas menores tende a ser impulsionada por preços, já que 57% dos entrevistados acreditam que as marcas menores geralmente são a opção de compra mais barata ou mais econômica.
O que vem a seguir para os PMEs?
Os indicadores de mercado e consumidor mostram sinais de um fato indiscutível: o futuro pertence às pequenas e médias empresas.
Existem três pilares que ajudam você, empresário de uma PME, a ter sucesso:
- Fazer com que outras pessoas acreditem em sua visão, destacando o potencial de crescimento e as oportunidades
- Entender seu consumidor
- Manter-se ágil em relação às mudanças de mercado
É fundamental que os empreendedores e os principais tomadores de decisão dos fabricantes de pequeno e médio portes se mantenham conectados às informações mais precisas e atualizadas. Certifique-se de tomar as medidas necessárias para garantir que você esteja acompanhando o cenário PME em constante mudança.