O ambiente macroeconômico de 2024

O cenário comercial da América Latina em 2024 apresenta uma série de desafios e oportunidades para as marcas e empresas que operam na região.

Uma das principais previsões para este ano é que a contínua influência da volatilidade econômica global seja exacerbada por fatores políticos locais, como a instabilidade política em alguns países, como o Equador e suas novas eleições.

A região passará por um ciclo eleitoral bastante intenso: das mais de 80 eleições que terão acontecerão em todo o mundo, seis delas serão aqui na América Latina (México, Venezuela, El Salvador, Panamá, República Dominicana e Uruguai), sem mencionar as eleições municipais no Brasil e no Chile.

Na Argentina, o recente governo de Javier Milei luta para aprovar um projeto fiscal e estabilizar sua economia frente e forte onda inflacionária. Todos esses elementos podem impactar diretamente no poder de compra dos consumidores latino americanos, tornando essencial uma agilidade estratégica para se adaptar a cenários diversos.

Na contramão desse cenário de instabilidade, o Brasil parece ser um país mais favorecido nesse ano, em comparação com os demais da região. As perspectivas econômicas em 2024 apontam para um cenário de recuperação, impulsionado por investimentos em setores estratégicos e em políticas fiscais responsáveis, as quais têm o potencial de promover um ambiente propício para o crescimento dos negócios. Reflexo disso, as projeções mais recentes do Banco Central para o produto interno bruto (PIB) brasileiro mantem-se otimistas, com aumento em 1,59%.

Entretanto, esse índice está abaixo da projeção global, que é de  2,7% (janeiro de 2024), o que suscita cautela por parte dos investidores e gerentes com relação ao Brasil.

Nesse contexto de baixas perspectivas, depender apenas da sorte ou dos ventos do mercado é um risco que sua marca não deve correr. Como planejar o crescimento em tal cenário, tanto no Brasil quanto na região da América Latina?